Parabéns Cubatão – 65
Anos
A tela (80 x 120 cm), pintada em 1922, retrata como seria Cubatão um século antes, em 1826.
Para esses trabalhos, Benedito Calixto costumava se basear em descrições e gravuras da época.
Povos dos
Sambaquis: Povos que
habitavam a costa brasileira entre 2 mil e 8 mil anos atrás (do tupi
tamba'kï; literalmente "monte de conchas"), também conhecidos
como concheiros, casqueiros, berbigueiros ou até mesmo pelo termo em inglês
shell-mountains, são depósitos construídos pelo homem constituídos por
materiais orgânicos, calcáreos e que, empilhados ao longo do tempo vem sofrendo
a ação de intempérie; acabaram por sofrer uma fossilização química, já
que a chuva deforma as estruturas dos moluscos e dos ossos enterrados,
difundindo o cálcio em toda a estrutura e petrificando os detritos e ossadas
porventura ali existentes.
História,
progresso, projetos e exemplo de superação desta cidade, sede do 1º pólo
industrial petroquímico-siderúrgico da América Latina, que hoje desempenha
papel fundamental no desenvolvimento do país
Hoje , 9
de Abril de 2014 a cidade de Cubatão comemora
65 anos de emancipação-político administrativa. Da sua relevância histórica,
que vem da colonização do país, e de cuja época ainda guarda um grande
patrimônio, até seu rico pólo industrial, que lhe deu fama mundial, tanto pelo
prisma negativo, da poluição ambiental, quanto pela sua capacidade de
superação. Mais recentemente, destaca-se pelo pioneirismo no ambicioso projeto
ambiental de recuperação da encosta da Serra do Mar, com a retirada de famílias
das áreas de risco e a revitalização de uma de suas principais áreas de
lazer, o Parque Anilinas. Trata-se de importante patrimônio cultural e afetivo
construído a partir da década de 1920, e que tem potencial para se tornar a
maior e mais importante área urbana de lazer da Baixada Santista.
Industrialização
Tendo como origem o sopé da Serra do Mar, a partir de onde jesuítas,
comerciantes, tropas e autoridades do reino tomavam fôlego para atingir o
Planalto, Cubatão tomou gosto pelo termo desenvolvimento a partir da
primeira metade do século XVIII, com o surgimento do Porto Geral de Cubatão,
que originou um povoado ao seu redor. A partir de então, iniciou um processo de
crescimento, coroado com o título de sede do primeiro pólo industrial
petroquímico-siderúrgico da América Latina.
O
desenvolvimento industrial, verificado em Cubatão a partir dos anos
1950, tem como antecedentes os primitivos engenhos de açúcar, característicos
da economia colonial, sendo a primeira atividade industrial do município. Na
primeira fase do processo, a indústria de maior expressão foi a Cia. Santista
de Papel, que passou a funcionar em 1932. A companhia atraiu muitas pessoas de
fora e, durante 30 anos, foi a grande fábrica de Cubatão, conhecida como
Companhia Fabril. A denominação passou a ser atribuída ao bairro onde se
localizava, e que permanece até hoje.
Outro
marco dessa fase foi a construção da Usina Henry Borden pela São Paulo Light S.A.
Serviços de Eletricidade, obra modelo que aproveitou as escarpas naturais da
serra para a produção de energia para o Planalto.
Na
segunda fase do processo, um fato teve grande impacto na cidade: o início das
operações, em 1955, da Refinaria Presidente Bernardes. A partir daí, até
meados de 1975, dezoito das quase 30 indústrias que formam o Pólo de
Cubatão foram implantadas. Além da geração de empregos, a concentração das
fábricas em Cubatão trouxe resultados importantes para a economia e
fortalecimento da capacidade tributária do município.
Como não
havia, por esta época, nenhum plano para controle da poluição, elas geraram, no
decorrer dos anos, sérios problemas ambientais, com a poluição do ar, água e
solo de Cubatão. Tanto que, na década de 1980, foi considerada pela ONU como a
cidade mais poluída do mundo. Em decorrência deste fato desastroso, as
indústrias, comunidade e governo se uniram e colocaram em prática um plano de recuperação.
Com isso, 98% dos níveis de poluentes no ar passaram a ser controlados. Esforço
reconhecido pela própria ONU que, em 1992, atribuiu o título de “Cidade-símbolo
da Recuperação Ambiental”.
Cubatão -
Nova fase
Depois da
inauguração da Via Anchieta, em 1947, os trabalhadores que a construíram
fixaram residência nas encostas da Serra do Mar, originando vários núcleos
populacionais. Alguns foram batizados segundo sua altitude em relação ao nível
do mar como, por exemplo, Cota 95/100, Cota 200, Cota 400 e Cota 500, além dos
bairros Água Fria, Pilões, Sítio dos Queiroz e Pinhal do Miranda.
A situação desses locais é
crítica por conta das chuvas, desmoronamentos de terra e falta de saneamento
básico. Com a criação do Parque Estadual da Serra do Mar, em 1977, esses
bairros passaram a ser uma ameaça ao equilíbrio natural da região, por conta dos
esgotos lançados diretamente nos rios e córregos. Para conter a situação, um
programa pioneiro do governo do estado de São Paulo exige a retirada dos
moradores das áreas de risco, e posterior recuperação ambiental da Mata
Atlântica.
Iniciado em 2007, o projeto prevê
que, até 2016, 19 mil moradores sejam retirados do local, dos quais 7.700
habitam residências situadas em áreas de encosta, derradeiras reservas de Mata
Atlântica do país, com 375 mil hectares. A área abrange 23 municípios, desde
Ubatuba, no litoral norte, até Pedro de Toledo, no sul do estado; depois
continua com o nome de Juréia e parque Jacupiranga, seguindo até a divisa com o
Paraná.
Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre